A melhor maneira de aprender é...
14 de junho de 2012![A melhor maneira de aprender é... 14062012132644escolha escola.jpg](http://static.portaleducacao.com.br/arquivos/imagens_artigos/14062012132644escolha%20escola.jpg)
A princípio, todos acreditaram que para um sujeito aprender basta que tenha outro que ensine. Será que a aprendizagem funciona desta forma mesmo? Se eu quiser ensinar crianças de 4º ano (por exemplo) o conteúdo das fases da Lua, basta que eu ensine algo sobre elas? Se for assim, então só pelo fato de eu DIZER a elas coisas sobre a Lua, e fazê-las COPIAR isto, fará com que elas aprendam? Certamente fará com que memorizem alguma coisa, mas aprender... Será?
Tudo bem, então, se eu quiser que elas aprendam algo sobre a Lua, ou das suas fases, devo então fazer DEMONSTRAÇÕES usando bolinhas de isopor de tamanhos diferentes e uma lanterna ou lâmpada, para que vejam aquilo que falei sobre a Lua, com isso elas aprenderão? Afinal, não será mais fácil aprender VISUALIZANDO aquilo que se viu no conceito?
É interessante pensar sobre os métodos de ensino, e sobre as atividades que desenvolvemos nas nossas aulas de ciências, pois eles nos dizem muito sobre aquilo que acreditamos ser o processo de aprendizagem. Em muitos casos o professor fundamenta-se, mesmo sem saber, na epistemologia empirista, isto é, o professor ensina, portanto o aluno aprende.
O conhecimento está no mundo e precisa ser adquirido (no sentido mais literal do termo) pelo aluno. Nos casos acima, o grifo das palavras: DIZER, COPIAR, DEMONSTRAÇÕES e VISUALIZANDO têm um sentido. Elas representam aquilo que mais torna perceptível a teoria (ou as teorias) por trás destas metodologias ou atividades. Dizer, naquele exemplo dado acima, é bem próximo ao ditar, expor, falar sobre algum conceito com os alunos. É começar pelo CONCEITO. Copiar é o clássico!
Dizem que é a maneira de memorizar, de não esquecer, consequentemente: Aprender. Para um professor empirista, isto basta. A demonstração, muitas vezes confundida equivocadamente com experimentação nas aulas de ciências, é feita apenas para VER. Quem apenas vê pode não experimentar. Nas aulas de ciências muitas das nossas atividades são apenas ilustrativas, servem para ilustrar aquilo que já "ensinamos". E é o que se privilegia quando se faz uma demonstração na aula: Quer-se que as crianças vejam "na prática" aquilo que lhes foi dito antes.
Será que estas metodologias ou atividades, promovem realmente aprendizagem? Quando o professor já traz, por exemplo, os desenhos das fases da Lua, pronto para seus alunos, ele está reduzindo a capacidade de compreensão dos alunos sobre os fenômenos do dia a dia. E eis o problema maior da aula cheia de respostas: Ela MATA o cientista em potencial da criança. Criança nenhuma vai se interessar por uma Lua imóvel, sem graça, desenhada com giz no quadro negro. Isso porque é muito melhor perguntar e ficar muito tempo atrás da resposta, caminhar um longo caminho, descobrir novas perguntas e talvez nunca chegar a uma resposta absoluta do que receber a resposta antes mesmo de ter uma pergunta. Sem uma pergunta, porque haveriam as crianças de se interessarem pelo assunto da aula de ciências?
Se, ao contrário, o professor iniciar a aula possibilitando as crianças fazerem perguntas sobre a Lua, ele poderá se surpreender. Surgirão ideias para projetos, pesquisas e atividades que tornarão a aula realmente prazerosa e produtiva. Eis a essência do trabalho de um professor construtivista. O elemento essencial da construção é a ação, seja ela física ou mental sobre um objeto de estudo.
Permitir que os alunos tenham ação nas aulas de ciências não se reserva somente ao momento do laboratório ou da experimentação. O tempo todo, em uma aula recheada de perguntas, o sujeito está em ação. Antes de planejar sua aula de ciências, questione-se: "O que terá mais peso no processo de aprendizagem, a pergunta ou a resposta?"
Tudo bem, então, se eu quiser que elas aprendam algo sobre a Lua, ou das suas fases, devo então fazer DEMONSTRAÇÕES usando bolinhas de isopor de tamanhos diferentes e uma lanterna ou lâmpada, para que vejam aquilo que falei sobre a Lua, com isso elas aprenderão? Afinal, não será mais fácil aprender VISUALIZANDO aquilo que se viu no conceito?
É interessante pensar sobre os métodos de ensino, e sobre as atividades que desenvolvemos nas nossas aulas de ciências, pois eles nos dizem muito sobre aquilo que acreditamos ser o processo de aprendizagem. Em muitos casos o professor fundamenta-se, mesmo sem saber, na epistemologia empirista, isto é, o professor ensina, portanto o aluno aprende.
O conhecimento está no mundo e precisa ser adquirido (no sentido mais literal do termo) pelo aluno. Nos casos acima, o grifo das palavras: DIZER, COPIAR, DEMONSTRAÇÕES e VISUALIZANDO têm um sentido. Elas representam aquilo que mais torna perceptível a teoria (ou as teorias) por trás destas metodologias ou atividades. Dizer, naquele exemplo dado acima, é bem próximo ao ditar, expor, falar sobre algum conceito com os alunos. É começar pelo CONCEITO. Copiar é o clássico!
Dizem que é a maneira de memorizar, de não esquecer, consequentemente: Aprender. Para um professor empirista, isto basta. A demonstração, muitas vezes confundida equivocadamente com experimentação nas aulas de ciências, é feita apenas para VER. Quem apenas vê pode não experimentar. Nas aulas de ciências muitas das nossas atividades são apenas ilustrativas, servem para ilustrar aquilo que já "ensinamos". E é o que se privilegia quando se faz uma demonstração na aula: Quer-se que as crianças vejam "na prática" aquilo que lhes foi dito antes.
Será que estas metodologias ou atividades, promovem realmente aprendizagem? Quando o professor já traz, por exemplo, os desenhos das fases da Lua, pronto para seus alunos, ele está reduzindo a capacidade de compreensão dos alunos sobre os fenômenos do dia a dia. E eis o problema maior da aula cheia de respostas: Ela MATA o cientista em potencial da criança. Criança nenhuma vai se interessar por uma Lua imóvel, sem graça, desenhada com giz no quadro negro. Isso porque é muito melhor perguntar e ficar muito tempo atrás da resposta, caminhar um longo caminho, descobrir novas perguntas e talvez nunca chegar a uma resposta absoluta do que receber a resposta antes mesmo de ter uma pergunta. Sem uma pergunta, porque haveriam as crianças de se interessarem pelo assunto da aula de ciências?
Se, ao contrário, o professor iniciar a aula possibilitando as crianças fazerem perguntas sobre a Lua, ele poderá se surpreender. Surgirão ideias para projetos, pesquisas e atividades que tornarão a aula realmente prazerosa e produtiva. Eis a essência do trabalho de um professor construtivista. O elemento essencial da construção é a ação, seja ela física ou mental sobre um objeto de estudo.
Permitir que os alunos tenham ação nas aulas de ciências não se reserva somente ao momento do laboratório ou da experimentação. O tempo todo, em uma aula recheada de perguntas, o sujeito está em ação. Antes de planejar sua aula de ciências, questione-se: "O que terá mais peso no processo de aprendizagem, a pergunta ou a resposta?"
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