19/05/2012 06h06
- Atualizado em
19/05/2012 06h20
'A escola não pode desistir do aluno'
É o que diz a especialista em educação Margareth Brainer, que sugere reforço escolar e apoio dos pais para melhorar desempenho dos alunos

(Foto: Divulgação)
O escritor Fabrício Carpinejar é autor de livros premiados e sabe lidar como ninguém com as palavras. O que poucos sabem, porém, é que ele sofreu com notas baixas quando era criança, mas conseguiu deslanchar com a ajuda da mãe, a poetisa Maria Carpi, que nunca desistiu do filho e o manteve na escola, apesar de a professora ter dito que o então menino não ia se alfabetizar.
“Tudo que sai do padrão é um problema. No meu caso, tenho esse rosto abobado e chegaram a pensar em retardo. Fiz vários eletroencefalogramas, vivia com a cabeça cheia de massinha por conta dos eletrodos. Eu não era distraído, como parecia. Na verdade, eu era muito concentrado. Minha mãe nunca aceitou os diagnósticos, porque diagnóstico não é destino, é retrato provisório. Em casa, montava quebra-cabeça de palavras e ia me ensinando com paciência. Alfabetizar não é parto cesárea, e sim parto normal. Eu só tirava nota ruim, mas com a ajuda de minha mãe, comecei a me sair muito bem. Acho que meu caso é de superação e de vingança pelo amor. Minha relação com as palavras hoje é visceral e faminta, elas chegam como melodia”, conta o escritor, que lança em junho o livro “Ai, Meu Deus, Ai, Meu Jesus”, com crônicas sobre sexo.
Casos como o de Carpinejar são comuns, porém, muitas histórias não têm um final feliz como a dele. Antes de se dedicar à vida acadêmica, a professora Margareth Brainer trabalhou por treze anos com educação básica e viu muitos alunos amargando notas baixas. Mas, é possível reverter o quadro e afastar o fantasma da reprovação, afirma a especialista.


Nenhum comentário:
Postar um comentário